Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro FinoDe longe eu avistava a figura de um meninoQue corria abrir 💴 a porteira e depois vinha me pedindoToque o berrante, seu moço, que é pra eu ficar ouvindoQuando a boiada passava 💴 e a poeira ia baixandoEu jogava uma moeda e ele saía pulandoObrigado, boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhandoPra aquele sertão 💴 afora meu berrante ia tocandoNo caminho desta vida muito espinho eu encontreiMas nenhum calou mais fundo do que isto que 💴 eu passeiNa minha viagem de volta qualquer coisa eu cismeiVendo a porteira fechada, o menino não avisteiApeei do meu cavalo 💴 num ranchinho beira-chãoVi uma mulher chorando, quis saber qual a razãoBoiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradãoQuem matou o 💴 meu filhinho foi um boi sem coraçãoLá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagemQuando passo na porteira até vejo 💴 a banca com bônus de cadastro imagemO seu rangido tão triste mais parece uma mensagemDaquele rosto trigueiro desejando-me boa viagemA cruzinha do estradão do 💴 pensamento não saiEu já fiz um juramento que não esqueço jamaisNem que o meu gado estoure, que eu precise ir 💴 atrásNeste pedaço de chão berrante eu não toco mais
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